O livro é um ponto de partida que permite aos leitores investigarem." As palavras são de José Rodrigues dos Santos, jornalista e autor de ‘O Último Segredo’ (Gradiva), lançado ontem numa sala cheia da Sociedade de Geografia de Lisboa. O padre Anselmo Borges, a quem coube a apresentação do romance, concorda. E leu o livro "linha a linha", com tal atenção que até encontrou um "pequeno lapso" histórico.
"Não vou dizer ao José Rodrigues dos Santos que o Papa João Paulo II veio a Portugal em 1976 [como consta no livro], porque ele não era papa nesse ano, Paulo VI é que era", corrigiu o teólogo. O erro foi admitido prontamente pelo autor que, garante, "será corrigido nas próximas edições".
‘O Último Segredo’ é protagonizado por Tomás Noronha – personagem de ‘O Códex 632’ ou ‘Fúria Divina’ –, parte de informações genuínas e prima pelo mistério. Se Anselmo Borges diz estarem "reunidos os ingredientes para o sucesso, juntando a clonagem [de Jesus], as alegadas fraudes da Bíblia e uns assassinatos pelo meio", questionou: "Não sei se é correcto jogar em dois tabuleiros, no ficcional e no histórico/teológico. Como poderá o leitor fazer a destrinça?"
O padre refere que o "livro polémico" de Rodrigues dos Santos não abalou a sua fé e que obriga a Igreja e os cristãos "a um maior conhecimento sobre Jesus".
Controverso ou não, Maria Manuela, mãe do autor, admite que gosta de ‘ler’ o filho. Educada em colégios católicos vai mais longe: "Concordo com muitas das teorias do meu filho."
*Retirado do Correio da Manhã
Convém referir que Anselmo Borges teceu várias críticas ao teor do romance, tendo dito que não gostou de tudo o que leu. Afirmou, a propósito, que "os cristãos não habitam todos no asilo da superstição e da ignorância". Nesta sequência deixou um desafio a José Rodrigues dos Santos para que retirasse a afirmação de que "as citações de fontes religiosas e informações históricas e científicas incluídas neste romance são verdadeiras", já que não precisava disto para que o livro seja um bestseller.
Convém referir que Anselmo Borges teceu várias críticas ao teor do romance, tendo dito que não gostou de tudo o que leu. Afirmou, a propósito, que "os cristãos não habitam todos no asilo da superstição e da ignorância". Nesta sequência deixou um desafio a José Rodrigues dos Santos para que retirasse a afirmação de que "as citações de fontes religiosas e informações históricas e científicas incluídas neste romance são verdadeiras", já que não precisava disto para que o livro seja um bestseller.