sábado, março 31, 2007

Novas caras na gestão da Emissora Regional de Resende

A partir de amanhã, a Emissora Regional de Resende (104.9 FM) terá uma nova direcção, constituída por José Peralta, Paulo Conde e Dr. Lis Guimarães.
Refira-se que José Peralta, na foto, retorna à nossa estação local, após longo interregno, pois foi aos 16 anos que sentiu o bichinho da rádio, dando voz ao programa "terra a terra".

sexta-feira, março 30, 2007

Automobilismo na "Barca dos Sabores"

Tal como aqui já foi referido, foi inaugurada, no passado sábado na Barca dos Sabores, uma exposição de fotografia sobre automóveis. A chegada do autor, Luís Almeida, do jornal Motor, ocorreu às 21h30, tendo a inauguração tido lugar às 22h00. Seguidamente, às 22h30, foi exibido um filme sobre o mundo automóvel, o que propiciou um debate interessante sobre o tema, tendo sido sugerido que os serões das quintas-feiras na Barca dos Sabores se transformassem numa tertúlia sobre carros e desporto automóvel. Ontem, teve lugar a 1.ª reunião/convívio sobre este tema, tendo comparecido o Eng. Fernando Teixeira, vereador da Câmara Municipal.
A exposição acima referida poderá ser visitada até ao próximo dia 20 de Abril.

quinta-feira, março 29, 2007

Análise do "Sérvia-Portugal" pelo Padre João António

Clique aqui para leitura da análise do jogo de ontem e da explicação para o empate, feita pelo nosso conterrâneo e reitor do Seminário de Lamego, Padre João António.

Blogue do Grupo Desportivo de Resende

Após várias tentativas e ensaios preparatórios, parece que nasceu finalmente o blogue do G.D.R. Para o espreitar, clique aqui.
Consta desde já dos links aqui do lado.

terça-feira, março 27, 2007

G.D. de Resende continua na liderança

Ao ter ido ganhar ao Vilamaiorense por 1 a 0, no passado fim de semana, o G.D. de Resende continua no comando da 2.ª divisão distrital com 52 pontos.

segunda-feira, março 26, 2007

Festa da Cerejeira em Flor em Paus

Com a participação de bastante gente e em dia ameno, realizou-se, ontem em Paus, a Festa da Cerejeira em Flor. Durante a tarde, actuaram os ranchos de Paus, Cárquere e Anreade e a banda de música de S. Cipriano "A Nova".
A sessão começou pelas 15h30 com uma saudação aos presentes por parte de António da Costa Branquinho (presidente da direcção do rancho anfitrião e um dos principais responsáveis pela organização), seguindo-se no uso da palavra o representante da Federação Portuguesa de Folclore e o presidente da Câmara Municipal. A banda de música de S. Cipriano "A Nova" abriu a festa propriamente dita, tendo brindado os presentes com o "Hino à Alegria" da 9.ª sinfonia de Beethoven, associando-se assim às comemorações dos 50 anos do tratado de Roma, acto fundador da actual União Europeia. Depois actuaram os ranchos de Cárquere, Anreade e Paus. Como já é habitual, o "locutor" de serviço foi o Prof. António Marques. No final, foi servido um opíparo lanche aos elementos da banda de música e dos ranchos.
Parabéns à organização desta iniciativa, particularmente aos dois principais responsáveis António Branquinho e Lisete Cardoso.

domingo, março 25, 2007

"A Filosofia e os filósofos"

A Filosofia anda desvalida, não se sabendo muito bem qual o destino a dar-lhe concretamente no ensino secundário.
É assim que começa o artigo de Anselmo Borges no DN de hoje, que pode ler aqui.

sábado, março 24, 2007

Iniciativas da "Barca dos Sabores"

Desde que José Peralta pôs a Barca dos Sabores a navegar, em 2o de Novembro, como café/bar e local de iniciativas culturais, já realizou 5 exposições de pintura e desenho e 6 concertos musicais. Às sextas-feiras, há música ao vivo, tendo já actuado como convidados: Carlos Manuel e o Prof. João Faria (piano), Prof. Pedro (saxofone), Jorge Rabaça (guitarra) e Ricas e a sua banda.
Hoje, será inaugurada uma exposição de fotografia, de Luís Almeida, fotógrafo do jornal Motor.
Seguir-se-á uma semana dedicada à cerejeira e à cereja com concertos musicais e debates. Esta iniciativa incluirá uma conversa/debate de um convidado com José Peralta na Barca dos Sabores, com transmissão na Emissora Regional de Resende.
Estão já agendadas outras surpresas de que daremos notícia brevemente.
A Barca dos Sabores e a simpatia do José Peralta aguardam os resendenses e todos os visitantes, frente ao edifício da Misericórdia.

sexta-feira, março 23, 2007

Festa da cerejeira em flor

No próximo domingo, às 15h, todos os caminhos vão dar a Paus. São as cerejeiras no seu máximo esplendor, competindo entre si em beleza. Por isso, torna-se necessário subir pelo vale bordejado de flores e participar na festa desta celebração da natureza.
Clique nas fotos para ampliar.

quinta-feira, março 22, 2007

Barca de sabores

No passado fim de semana, conheci o espaço/café Barca de sabores, tendo ficado muito agradado com esta iniciativa, pioneira no concelho: local de tertúlia, leitura, exposições de pintura e artesanato e eventos dedicados a áreas temáticas como música, poesia, etc. Enquanto se toma o café ou se bebe um copo, pode ler-se o "Público" e outros jornais de borla.
Situa-se em plena vila, junto ao cruzamento da estrada para Mirão.

terça-feira, março 20, 2007

As flores do nosso contentamento

As cerejeiras começaram a revestir-se de branco. Hora a hora, dia a dia, despontam cada vez mais flores. É a beleza a renascer. É a repetição de um novo ciclo de vida.
Espraiar o olhar pelas nossas encostas e quedar... Porque amanhã começa a primavera.

segunda-feira, março 19, 2007

G.D. de Resende imparável

Ontem, o G.D. de Resende venceu no campo de Fornelos o Santiago de Besteiros por 4-2. Depois da 22.ª jornada, o G.D. de Resende lidera a 2.ª Divisão Distrital com 49 pontos.

domingo, março 18, 2007

A propósito do dia do pai

"O teólogo Leonardo Boff, numa obra inesperada: São José. A Personificação do Pai - não se esqueça que o Dia do Pai está ligado à festa da Igreja em honra de São José -, para sublinhar as consequências dramáticas da ausência do pai para os filhos e filhas na actual sociedade de enfraquecimento do pai e até do seu eclipse, apresenta estatísticas oficiais recentes dos Estados Unidos: 90% dos filhos fugidos de casa, 70% da criminalidade juvenil, 85% dos jovens nas prisões, 63% de jovens suicidas provinham de famílias sem pai ou onde o pai era ausente.
Também no domínio religioso é reconhecida a importância da imagem da figura e das experiências com o pai e com a mãe para a imagem que se tem de Deus".

Esta é parte final do artigo de Anselmo Borges no DN de hoje, que pode ler aqui na íntegra.

Primeiras favas

Sábado, em casa do Fernando e da Maria dos Anjos, foi servida a primeira refeição do ano à base de favas. Tenrinhas e deliciosas.
(...)Que desconsolo! Jacinto, em Paris, sempre abominara favas!...Tentou todavia uma garfada tímida - e de novo aqueles seus olhos, que o pessimismo enevoara, luziram, procurando os meus. Que larga garfada, concentrada, com uma lentidão de frade que se regala. Depois, um brado:
- Óptimo!... Ah, que destas favas, sim! Oh que fava! Que delícia!
(A cidade e as serras, de Eça de Queirós)
Aqui, o Fernando prepara gulosamente a primeira garfada.

sábado, março 17, 2007

Festa da Cerejeira em Flor

Clique para ampliar

sexta-feira, março 16, 2007

Rancho de Paus (3.ª parte)

Perguntas e Respostas

Quem são os responsáveis pelo rancho?
O presidente da direcção actual é António da Costa Branquinho, reformado e ex-funcionário da Câmara Municipal. Como diz não possuir dotes musicais nem de dançarino, tem dado o seu contributo inestimável na organização e logística das viagens e permutas com outros ranchos, sendo o elemento-chave na “intendência” do festival que se realiza em Paus, no primeiro domingo de Setembro.
A direcção artística cabe a Liseta Cardoso, funcionária do Hospital de Lamego, responsável pelos ensaios e preparação do grupo, que funciona como uma espécie de abelha-mestra, velando para que ninguém falte e criando motivação entre todos.

Qual é a origem da chula de Paus?
Segundo investigação do Dr. Joaquim Correia Duarte ( cf. para esta questão e seguinte e outros dados sobre o rancho, Resende e sua história, vol. 1 e 2), foi inventada, no início do século dezassete, por António Luís Ferreira ( “O Piranguinha”), ao som da rabeca chuleira que um tal José Serribas tinha trazido do Brasil.
Esta chula é hoje considerada a melhor do país, sendo interpretada por alguns dos melhores grupos de música popular, entre os quais o Grupo Victor Jara. “Vai-te embora, mês de Maio,/ Com tuas variedade/; Deixas campos de flores/ E a mim deixas soidades”. Assim começa a canção mais emblemática deste grupo.

Em que consistem os “cramóis”, interpretados pelo rancho?
Os “cramóis” (clamores) são antigos cânticos religiosos a 3 e a 4 vozes, que tinham lugar sobretudo nas procissões de penitência. Com o tempo, foram-se profanizando. O q mais antigo é o “Arrula, arrula…”, originário de Córdova, que era cantado a três vozes de mulher, depois das merendas, aos quais os homens das vessadas respondiam com apupos, sendo actualmente interpretado com grande mestria pelo rancho.

Quais são os trajes e personagens representativos e os instrumentos da “roquesta”?
O rancho procura ser fiel aos trajes usados ainda no século dezanove no âmbito das diversas actividades e posições sociais. Assim, há figurantes caracterizando pessoas em trajes de dias festivos, pastores em dias de chuva, podadores do Douro, barqueiros de barcos rabelos, trabalhadores do campo e artesãos.
Com algumas alterações ao logo dos anos, a “roquesta” tem integrado rabecas, cavaquinhos, violas, guitarras, concertinas, castanholas, ferrinhos e bombo.

Como é que chegaram até nós as danças e cantares?
Até há poucos anos, as cantigas ao desafio nas vessadas e desfolhadas eram uma constante, sendo pretexto para fazer uso do reportório antigo e para recriações. Todas as rogas de vindimas e algumas podas integravam músicos para animar as noites e as sovas das uvas, onde se interpretavam músicas tradicionais. E, apesar da orientação em contrário de alguns padres, nunca desapareceram os bailes de domingo nas eiras. São também de referir os cortejos de oferendas da festa das colheitas, pelo S. Miguel, ou quando se tornava necessário angariar fundos para obras da igreja, em que se organizavam ranchos pelas diversas aldeias num despique onde todos queriam ficar em primeiro lugar. Eram verdadeiras escolas de criatividade, inspiradas em danças e cantares do passado, cujas actuações eram objecto de crítica nas vessadas, com tiradas como esta: “lá vai Quintãs mais o santo S. Gonçola, /traz o Albino Peles, /deitado numa padiola.”

Contacto:
Rancho Folclórico e Etnográfico de Paus
Paus
4660-148 Resende
Telefone: 254 939 277 e 91 454 92 60

quinta-feira, março 15, 2007

Rancho de Paus (2.ª parte)

Pelo país e estrangeiro
Tendo em conta os trinta anos de existência, os quinze festivais realizados em Paus e as muitas permutas, calcula-se que o rancho já efectuou mais de duzentas deslocações pelo país. Tem sido, pois, o grande embaixador dos costumes, tradições e cultura do nosso concelho junto de muitos milhares de compatriotas nossos. Há, no entanto, três deslocações que merecem realce.
A primeira ocorreu em Julho de 1980 a convite da Câmara Municipal de Lisboa. As suas actuações no Rossio e outros pontos emblemáticos da capital foram um sucesso junto dos alfacinhas e dos muitos turistas. A segunda teve lugar aquando da participação no Festival Nacional do Algarve em 1982, com transmissão em directo pela televisão, na altura uma iniciativa com impacto nacional. Por último, destaca-se uma deslocação aos Açores, ainda hoje muito recordada, pela hospitalidade de que foi alvo e pelo encanto da paisagem.
Digressões ao estrangeiro ocorreram três. A primeira, com a duração de quinze dias, aconteceu em 1981, com várias actuações na região da Alsácia (França) e Fribourg. A segunda deslocação, com a duração de doze dias, teve como destino os Alpes franceses, tendo actuado também na região fronteiriça italiana. A terceira viagem, também com a duração de doze dias, foi à Holanda, em 1985.
A genuinidade das músicas e danças e dos trajes tradicionais, contrastando com expressões mais exuberantes de muitos grupos estrangeiros, foi a marca distintiva das suas actuações, sempre muito aplaudidas.

Trinta anos depois
O Rancho Folclórico e Etnográfico de S. Pedro de Paus manteve-se até 1983 sob a direcção/consultoria do seu fundador P. Joaquim C. Duarte, ano em que deixou a freguesia. Ficava um legado a que era necessário dar continuidade. Esta responsabilidade, que perdura até hoje, foi assumida por Liseta Cardoso.
Cerca de 50% do núcleo fundador do rancho ainda se mantém. Por lá têm passado muitos rapazes e raparigas que, por motivos familiares, profissionais e outros tiveram de desistir. Hoje, integrados nas mais variadas profissões, reconhecem o papel do rancho como uma verdadeira escola de iniciação à música e à dança. Apesar da diminuição demográfica, o número de elementos tem-se mantido à volta de quarenta. Ultimamente, tem-se verificado até alguns reingressos de pessoas residentes em Lisboa e Porto e emigrantes, que decidiram retornar à freguesia.
Numa terra em que muita da animação de outrora desapareceu, o rancho funciona como pólo de convívio, fortalecimento de amizades e de enriquecimento pessoal, tanto nos ensaios como nas inúmeras deslocações pelo país.

Museu do rancho
O grupo tem uma sede própria, construída de raiz e inaugurada em 1982. No mesmo edifício, foi criado um museu etnográfico, o primeiro (devidamente organizado) do concelho, onde, também por iniciativa do P. Joaquim C. Duarte, se foram recolhendo peças de artesanato local, louças, pesos e medidas, vestuário antigo e instrumentos de trabalho. O espólio é constituído por um conjunto de artigos já fora de uso ou em vias de desaparecimento, encontrando-se catalogado e caracterizado, dando corpo a 73 fichas.
Estão lá depositados alguns artigos muito interessantes, entre os quais: um relógio solar, pesos de pedra, um corno de segador e um conjunto de manufacturas em madeira (uma bilha, uma faca de matar porcos, uma máquina de petróleo, um relógio despertador e uma baioneta).

quarta-feira, março 14, 2007

Rancho de Paus (1.ª parte)

Numa das reuniões preparatórias da sessão solene das celebrações das festas centenárias da diocese de Lamego, que ocorreram em 19 de Setembro de 1976, em S. Martinho de Mouros, alguém atalhou: tem de haver algo no programa que agarre as pessoas. E rematou: temos aqui um artista.

O destinatário da incumbência era o então jovem pároco de Paus, daqui natural, P. Joaquim Correia Duarte, que, naquela memorável tarde de Verão, apresentou o resultado do seu labor artístico, consubstanciado na formação de um rancho, cujas actuações nos intervalos das intervenções de oradores tão notáveis como o Prof. Caetano Pinto ou o Dr. Pinto Carneiro, encantaram os presentes. Um vasto património cultural, como a chula de Paus, o fado de Montemuro, o malhão de Resende e alguns cantares medievais (cramóis e cantigas de imbelar), que hoje podia permanecer no esquecimento ou repousar em livros e pautas musicais, voltou felizmente ao nosso convívio, graças a esta iniciativa e ao empenhamento deste ilustre conterrâneo.

Origem
A tarefa não se apresentava fácil, pois o tempo escasseava. Por sorte, a paróquia de Paus tinha apresentado há alguns anos atrás um grupo de danças e cantares tradicionais numa festa de S. Martinho de Mouros, cujos efeitos no avivar das memórias ainda perduravam. Tal como se fizera então, o P. Joaquim C. Duarte continuou a socorrer-se do contributo e das vivências das pessoas mais idosas, designadamente da Sra. Cristina (das Quintãs), actualmente com 100 anos, que ainda se recordava das letras e músicas como o malhão, a chula de Paus, arrula/arrula e o bendito. Outras letras e músicas foram recolhidas em Córdova e Moumiz. Uma ajuda preciosa adveio da consulta do Cancioneiro de Resende, cujas canções foram recolhidas por Vergílio Pereira e compiladas em livro, editado pela então Junta de Província do Douro Litoral, em 1957.
Após este levantamento, a selecção das pessoas e os ensaios foram perspectivados tendo como objectivo apenas a animação lúdico-cultural da sessão atrás referida. A escolha das vestes seguiu o figurino tradicional: camisas brancas, calças e chapéu pretos e faixas vermelhas para os elementos masculinos; saia preta com espiguilhas às cores, blusa e meias brancas, chinelos pretos e lenço chinês/riscado para os elementos femininos.
Ao contrário do previsto, pois temiam-se alguns apupos, devido a uma antiga rivalidade entre Paus e S. Martinho de Mouros, a actuação foi um êxito. A intervenção dos oradores e do rancho, no adro da igreja matriz, processou-se de forma intercalada, sendo notório que as pessoas nunca arredavam pé aquando da actuação deste. No fim da sessão solene, percorreu a parte central de S. Martinho de Mouros em apoteose, recebendo incentivos para constituir um rancho folclórico representativo do concelho

Voos mais altos
Após este teste, parecia haver condições para a constituição de um grupo com bases sólidas. Foram, assim, iniciados contactos para a recolha de sugestões e troca de experiências. Um dos que se revelou mais proveitoso foi o realizado com os serviços culturais do Governo Civil de Viseu, então muito disponíveis para o apoio à pesquisa da genuína música popular e do folclore. As sugestões foram sempre no sentido de se efectuar um levantamento rigoroso das tradições para que o rancho revestisse características genuinamente populares. Deste contacto nasceu o convite para participar nas festas de S. Mateus no ano seguinte, ou seja em 1977.
A juntar ao trabalho já efectuado, tornava-se necessário recriar os figurantes mais representativos da freguesia e do concelho com os seus trajes e adereços, condizentes o mais possível com os usados no século dezanove. Esta tarefa foi facilitada graças ao saber e à arte da saudosa costureira Sra. Albertina de Assunção Azevedo, das Quintãs. Era também necessário encontrar músicos e tocadores para completar a roquesta, que chegou a integrar dois elementos de S. Martinho de Mouros (Manuel Rui e Manuel da Balbina). Estavam reunidas as condições para moldar o grupo, criar uma identidade, interiorizar músicas e danças e recriar coreografias, através de ensaios semanais, que decorriam aos domingos à tarde, no adro da igreja, sempre muito animados e com muita assistência.
A participação na festa de S. Mateus constituiu outro êxito. De entre outros grupos, sobressaiu o seu carácter genuinamente popular e tradicional.
A batalha travada a seguir consistiu na preparação do processo de entrada na Federação de Folclore Português, que veio a ocorrer em 1980. Era o certificado da conformidade do grupo aos valores das músicas e das danças tradicionais, constituindo uma oportunidade para novos desafios, nomeadamente a facilitação no estabelecimento de permutas e a possibilidade de organizar o seu próprio festival, que tem ocorrido desde 1981.
(Artigo de minha autoria, publicado no Jornal de Resende, em Janeiro último)

terça-feira, março 13, 2007

Futsal em grande no passado fim de semana

Na Divisão de Honra, o S. Martinho de Mouros venceu o Atlético de Viseu por 4-0 e, em juniores, cilindrou o Britamontes por 12-1.
Em futebol, o G.D. de Resende foi empatar a Calde por 1-1, continuando a liderar o grupo com 46 pontos.

segunda-feira, março 12, 2007

"Religiões e teologia: libertação e sentido"

Leia aqui o artigo de Anselmo Borges no DN de ontem.

sábado, março 10, 2007

Arranjo da zona envolvente à ponte da Panchorra (2)

Na reunião da Câmara, realizada em 16.01.2007, foi presente o auto de recepção provisória do arranjo da zona envolvente à ponte da Panchorra, cuja obra foi adjudicada por 112.022€08. No auto constava que a mesma se encontrava em condições de ser recebida, tendo a questão sido aprovada por unanimidade.
Com falhas destas, não nos parece que reunia as condições para ser recebida. Espera-se que tudo seja rectificado até à apresentação do auto de recepção definitiva.

quinta-feira, março 08, 2007

P. Dr. Joaquim Correia Duarte nomeado para a Academia da História

Este nosso ilustre conterrâneo foi recentemente nomeado membro da Academia Portuguesa da História, após apresentação de candidatura efectuada por alguns membros desta prestigiada instituição, tendo sido "aceite por unanimidade pelos académicos de número". É o reconhecimento social, cultural e científico do seu trabalho na área da história local.
Graças ao labor e investigação persistente do Sr. Dr. Joaquim Correia Duarte, o nosso concelho tem disponível um acervo de dados e informações relevantes sobre as mais diversas áreas, encontrando-se elaborada a sua reconstituição histórica. Socorrendo-se de documentação escrita, análise de objectos antigos e de património arquitectónico, inquirição de pessoas e de outras fontes, foi feita a recuperação da nossa memória e foi dado um contributo importante na consolidação da nossa identidade resendense. Este trabalho está consubstanciado na publicação das seguintes obras: Resende e a sua história (monografia do concelho em 2 vol.), Resende na Idade Média, Resende no século XVIII e Casas e Brasões de Resende.
O Dr. Joaquim Correia Duarte vê esta nomeação "não como um prémio", mas como "um estímulo", tendo declarado à Agência Ecclesia que irá, após um interregno, voltar à investigação, encontrando-se já a pesquisar os foros e costumes de S. Martinho de Mouros. É mais um contributo para o enriquecimento histórico e cultural do nosso concelho, que se espera que continue ainda por muitos anos.
A propósito desta nomeação para a Academia de História, que honra este nosso conterrâneo e todos os resendenses, veja aqui o apontamento da Agência Ecclesia.

quarta-feira, março 07, 2007

G.D. de Resende retoma liderança da 2.ª Divisão Distrital

Ao cilindrar o Silgueiros por 6 a 0 na 20.ª jornada, o G.D. de Resende lidera o seu grupo (2.ª Divisão Distrital) com 45 pontos. Quanto ao futsal de S. Martinho de Mouros, perdeu com o C. Benfica de Mortágua por 2-3 na 17.ª jornada, continuando a somar 24 pontos. O líder da Divisão de Honra Distrital desta modalidade é o Balsa-Nova com 48 pontos.

segunda-feira, março 05, 2007

Teatro de Montemuro em Coimbra

Ubelhas, mutantes e transumantes, uma co-produção do Teatro Montemuro (Campo Benfeito) e do Teatro das Beiras (Covilhã), constituiu uma oportunidade para trazer a serra, a cultura popular e o meio rural até à cidade, neste caso até Coimbra, no passado fim de semana.
A trama desta original comédia passa-se em dois pontos distintos da serra: em cima, é a pastorícia, a tosquia e o fabrico de queijo; cá, em baixo, é a indústria têxtil. É colocado em acção um plano para unir "sinergias" e fazer a fusão das entidades a montante e a jusante. Contudo, as coisas não correm pelo melhor. Mesmo sem OPA, os negócios irão mudar de mãos, recaindo numa dupla em que se colocam grandes expectativas.
Uma peça bem divertida e bem representada, notando-se um grande entrosamente entre os dois grupos teatrais. É também uma sátira acutilante sobre questões bem actuais: desemprego, globalização, poluição...

domingo, março 04, 2007

"A religião do mercado: Deus e a Mamona"

"É importante observar que, no aramaico, Jesus diz: "Não podeis servir a Deus e a Mamona". Ao personificar e deificar a Mamona, quer denunciar as riquezas injustamente procuradas e adquiridas e aquela ambição demoníaca que estruturalmente produz injustiça e tudo sacrifica ao ter. O Dinheiro não é fim, mas meio ao serviço da Humanidade."
Este é um excerto do artigo de Anselmo Borges no DN de hoje, que poderá ser lido aqui.

sábado, março 03, 2007

Terra Mater de Resende




Há coisas que felizmente resistem à voracidade dos tempos. Ao vê-las, revisitamo-nos. O seu estado de conservação pode funcionar para nós como uma fonte de alento e de conforto ou de nostalgia. Há coisas que gostaríamos que fossem perenes.
Esta estética de perenidade está presente na ponte da Lagariça e neste moinho contíguo, a trabalhar como há centenas de anos. Ao vê-lo, somos a reencarnação de Melquisedeque.

sexta-feira, março 02, 2007

Espaço envolvente da ponte da Panchorra (1)

Agora que este espaço se encontra requalificado, é mais um motivo para uma deslocação a este magnífico local, onde se poderá desfrutar da paisagem serrana, enquadrada pelas águas do rio Cabrum, seguir os passos do antigo caminho medieval, reconstruído possivelmente sobre uma via romana, e admirar a bonita ponte arcaica, de modelo lusitano, com dois arcos e pilar de pedras intermédio.
O caudal abundante do rio convida a uma visita nesta época. Só é pena que as novas casas da Panchorra sejam estranhas à harmonia e à alma da antiga aldeia e dos povoados do Montemuro.