No passado sábado e domingo, numa iniciativa da Associação Aldeia (link) e do Clube Náutico de Caldas de Aregos, realizou-se um passeio por vários locais da serra de Montemuro, onde os participantes tiveram oportunidade de contactar e apreciar ao vivo a manufactura de produtos artesanais, cuja tradição felizmente ainda perdura, e que constituem a base de sustentação económica de várias famílias, sendo potenciadores de desenvolvimento e de revitalização das respectivas aldeias.
A jornada começou, pelas 10h de sábado, com a visita à cooperativa de artesanato das capuchinhas em Campo Benfeito. Ali pudemos observar como se fazem as várias peças de tecido, burel e lã (blusas, vestidos, saias, casacos, capuchas, chapéus, gorros, cachecóis, cortinados...). Vimos novelos de lã colorida com corantes naturais de líquen dos carvalhos, fetos, urzes e amoras. Desde 1987, na escola da aldeia, cedida pela Câmara Municipal de Castro Daire, Ester, Isabel, Henriqueta e Engrácia, às quais se juntaram mais tarde Ofélia, Paula e Helena, dão vida a este projecto comunitário. A quem quiser saber o que é "fazer a trama", "construir a teia" e outras artes, aconselha-se uma deslocação a Campo Benfeito.
Esperava-nos um lauto almoço no restaurante Recanto dos Carvalhos , na Gralheira, onde pudemos saborear o tradicional cozido à portuguesa, anho no forno, as inconfundíveis pizzas e outras iguarias. A tarde foi passada numa animada "aula" teórico-prática de como fazer enchidos à moda tradicional e com os ingredientes da nossa região. As nossas simpática "monitoras" relembraram-nos que as moiras podem ser enchidas no próprio dia, as chouriças após três dias de os ingredientes estarem em vinha d'alho e os salpicões após sete dias. Sentimos quão difícil é enfiar o bocado de carne compacta na tripa para fazer o salpicão. Por €15,00, fizemos o curso e tivemos direito a um salpicão e duas chouriças. Uma verdadeira pechincha.
Além do Paulo Sequeira, Pedro Ferreira e Fernando Almeida (do Clube Náutico das Caldas de Aregos), compareceram muitas outras pessoas, incluindo jovens, com interesse pela preservação da cultura e das tradições do mundo rural. Curiosamente, fez questão de integrar o grupo um casal de Viseu, que trabalhou muitos anos no nosso concelho (ele, enfermeiro no Centro de Saúde, e ela, professora/coordenadora do ensino recorrente). Esta jornada revestiu-se de natureza internacional, já que integrou um simpático japonês, cuja paciência esteve patente no enchimento de um salpicão. Uma questão "metafísica" ficou sem resposta: a diferença entre a chouriça e o chouriço, cuja solução será desvendada no próximo encontro.
Esperava-nos um lauto almoço no restaurante Recanto dos Carvalhos , na Gralheira, onde pudemos saborear o tradicional cozido à portuguesa, anho no forno, as inconfundíveis pizzas e outras iguarias. A tarde foi passada numa animada "aula" teórico-prática de como fazer enchidos à moda tradicional e com os ingredientes da nossa região. As nossas simpática "monitoras" relembraram-nos que as moiras podem ser enchidas no próprio dia, as chouriças após três dias de os ingredientes estarem em vinha d'alho e os salpicões após sete dias. Sentimos quão difícil é enfiar o bocado de carne compacta na tripa para fazer o salpicão. Por €15,00, fizemos o curso e tivemos direito a um salpicão e duas chouriças. Uma verdadeira pechincha.
Além do Paulo Sequeira, Pedro Ferreira e Fernando Almeida (do Clube Náutico das Caldas de Aregos), compareceram muitas outras pessoas, incluindo jovens, com interesse pela preservação da cultura e das tradições do mundo rural. Curiosamente, fez questão de integrar o grupo um casal de Viseu, que trabalhou muitos anos no nosso concelho (ele, enfermeiro no Centro de Saúde, e ela, professora/coordenadora do ensino recorrente). Esta jornada revestiu-se de natureza internacional, já que integrou um simpático japonês, cuja paciência esteve patente no enchimento de um salpicão. Uma questão "metafísica" ficou sem resposta: a diferença entre a chouriça e o chouriço, cuja solução será desvendada no próximo encontro.
O domingo, em que não pude estar presente, foi preenchido com uma visita a um artesão de Gosende, que faz croças, e por um caminhada entre a Panchorrinha e a Granja.