A peregrinação a Nossa Senhora do Viso insere-se na planificação pastoral da paróquia de Resende há alguns anos. É realizada duas vezes por ano: no 1º domingo de Maio e no 3º domingo de Outubro. Lembra assim os dois meses com especial significado mariano e que marcam também o início e o encerramento das peregrinações marianas em Fátima.
Tem como objectivos são:-Fomentar o sentido espiritual da peregrinação;
-Desenvolver e estimular a devoção mariana, assinalando os meses mais significativos;
-Intensificar o sentido da unidade da paróquia;-
-Assinalar o início do ano pastoral, pedindo a protecção de Nossa Senhora (Outubro);
-Celebrar o dia da Mãe e consagrar todas as mães à Mãe do Céu (Maio)...
A peregrinação começa com uma caminhada a partir de dois pontos da paróquia - igreja paroquial / Arco - às 14h (Outubro) ou 15h (Maio) dirigindo-nos para a capela de Nossa Senhora do Viso. Pelo caminho, os canta-se, reza-se, fazem-se meditações, colocam-se intenções, fazem-se espaços de silêncio... A caminhada demora cerca de 1 hora. Chegados à capela de Nossa Senhora do Viso, é celebrada a missa campal com a participação do grupo coral da paróquia, escuteiros, acólitos e outros grupos paroquiais... No fim faz-se a procissão com o andor de Nossa Senhora do Viso (às vezes juntam-se outros andores, conforme as promessas - Nossa Senhora, Santa Quitéria, etc), saindo da capela até ao cruzeiro e regresso à capela. Termina a peregrinação com encomendação dos planos de pastoral à mãe do céu (Outubro) ou com a benção das mães (Maio).
No fim, fica ainda durante algum tempo a música transmitida pelos altifalantes enquanto algumas famílias se juntam nos espaços verdes à volta para partilharem o lanche e confraternizarem mais um pouco.
Costumam participar entre 300 a 500 pessoas. Ontem, domingo, estavam cerca de 400.A finalidade engloba as três dimensões - religiosa em primeiro lugar, mas também é uma oportunidade de convívio e de encontro (há pessoas da comunidade que só se encontram nestas ocasiões - os do Enxertado e Paredes, com os de Mirão e Loureiro, por exemplo, dada a distância que os separa) e indirectamente também se promovem hábitos saudáveis (a caminhada faz sempre bem e no meio da natureza pura, ainda melhor).
A tradição já é antiga, mas esteve algo esmorecida durante muitos anos. Há cerca de meia dúzia de anos fizemos o restauro da capela e do espaço exterior e fizemos renascer o espírito da peregrinação.
*Notícia remetida pelo Padre José Augusto, a meu pedido, a quem agradeço.