No passado sábado, em passeio pelo Montemuro, no percurso Gralheira/Cinfães, meti conversa com um senhor, de 76 anos, pai de 7 filhos (todos emigrantes), pequeno lavrador e detentor de algum gado, com uma história de vida dura. Seguidamente, encontro uma senhora a quem pergunto se vai ter com o marido. Ajuntei-me a ele, depois da morte da mulher- respondeu. Não somos casados; fazemos companhia um ao outro-acrescentou. E as pessoas aceitam bem?-perguntei. Ninguém me deixou de falar por causa disso-rematou, despreocupadamente.
Há poucos anos a censura social era implacável para com os "mal casados", sobretudo no mundo rural. Mas hoje tudo é diferente, mesmo entre os mais velhos e nos locais mais remotos. Independentemente do respeito pelas opções de cada um, temos de admitir que os novos estilos de vida representam um sintoma da perda de influência da Igreja. E o desencontro tende a aumentar. Enquanto o redil se afasta, os pastores ausentam-se.
Há poucos anos a censura social era implacável para com os "mal casados", sobretudo no mundo rural. Mas hoje tudo é diferente, mesmo entre os mais velhos e nos locais mais remotos. Independentemente do respeito pelas opções de cada um, temos de admitir que os novos estilos de vida representam um sintoma da perda de influência da Igreja. E o desencontro tende a aumentar. Enquanto o redil se afasta, os pastores ausentam-se.