Para reviver outras paisagens, cheiros e sabores, estou de regresso de uma viagem relâmpago à nossa terra. Ontem, às 11h, estava a chegar à zona de S. Cristóvão, onde, à volta, ainda havia muito codo e "candeias" de gelo em forma fálica.
Na descida para o vale, pela visibilidade dos fumos a sair da chaminés, não havia dúvidas que as lareiras crepitavam.
À tardinha, o P. Tomás juntou na capela de S. Gonçalo a pequena comunidade das Quintãs, onde, em celebração, todos reviveram o legado essencial daqueles que nos precederam, ficando mais revigorados os elos de amizade e de vizinhança.
À noite, esperavam-me, como aperitivo, umas moiras que valeram bem uma longa viagem, e que as "glândula gustativas" reconheceram como únicas. Todas as outras são moiras abastardadas.
Hoje de manhã, fiz a vontade à minha costela rústica, entregando-me à poda. Depois, foi almoçar, ida ao café e o ritual da despedida, ficando a preocupação pelo estado de saúde da D. Adelaide (ataques permanentes de asma).
E enfim, a viagem de regresso, com passagem no Montemuro, pelas 17h, onde assisti a um deslumbrante pôr de sol de inverno.