Ainda há relativamente poucos anos, os castanheiros representavam para numerosas famílias uma fonte alimentar e um bem económico insubstituível. Sob esta última perspectiva, constituíam uma espécie de conta a prazo com rendimento anual garantido (proveniente da venda das castanhas) e com proveitos extrordinários (proveniente da venda da madeira). Mas funcionavam também como uma fonte alimentar importante (sobretudo cozidas e sob a forma de falachas) na época do frio.
Ao contrário, nota-se hoje um desinvestimento e abandono nesta área, associados a uma espécie de resignação. Deixou-se de plantar castanheiros. O panorama geral são soitos por limpar ou queimados. É a degradação florestal.
Ao contrário, nota-se hoje um desinvestimento e abandono nesta área, associados a uma espécie de resignação. Deixou-se de plantar castanheiros. O panorama geral são soitos por limpar ou queimados. É a degradação florestal.
Parece-me urgente inverter esta situação a partir de iniciativas locais, que envolvam, entre outros, os serviços florestais do Ministério da Agricultura com o objectivo de garantirem a informação necessária, a formação específica e a orientação técnica. As Juntas de Freguesia, pela sua proximidade com as populações, como agregadoras de vontades, poderão desempenhar um papel importante nesta mudança de rumo.