Em tempos, tudo se aproveitava. Do velho se fazia novo. Mudavam-se colarinhos gastos das camisas e colocavam-se punhos do avesso. Os alfaiates davam uma segunda vida aos casacos, virando-os também do avesso. As calças remendadas e as botas ou sapatos com sucessivas meias solas passavam para os irmãos. A auto-sustentação era a regra, mas criando emprego no seio das pequenas comunidades, como soqueiros, sapateiros, alfaiates e costureiras. O primeiro par de sapatos, o primeiro fato, a primeira caneta eram dádivas marcantes e felizes.Frigoríficos e televisores eram luxos inexistentes.
Lutaram, sofrendo privações pelos filhos, dotando-os de qualificações que eles não tiveram.
Muitos experienciaram tudo isto, esperando uma tranquilidade merecida. Inesperadamente, e imerecidamente, espera-os o cálice de um novo fel.