Já lá vão muitos anos. Era a minha despedida e o início da viagem de mobilização para a guerra de Angola. A minha mãe não aguentou a "pedalada" e voltou para trás no Lugar de Sapateiros/Cantim de Baixo. Eu e a minha irmã seguimos viagem a pé (naquele tempo não havia estradas) até Santo António para apanhar a carreira até Mosteirô, que passava aí por volta das 14h30. E inesperadamente encontrei o meu pai junto da paragem. Foi uma surpresa e um gesto que sempre me acompanharam. Já nos tínhamos despedido de manhã. Não o esperava ali. Deixou as obras, em S. Martinho de Mouros, para mais um adeus e um abraço (quase sem palavras).
Foi esta memória ( este gesto) que me fizeram mover mundos e fundos para estar presente na despedida do Ivo, na passada sexta-feira, no aeroporto de Lisboa, na longa viagem (32 horas) para a Austrália no âmbito de um programa de mobilidade entre a Universidade de Coimbra e a Griffith University (Gold Coast). Também já me tinha despedido dele na quinta-feira, dia em que rumou para a casa do Vítor. Mas não podia deixar de lhe dar um último abraço na altura da descolagem do avião.
Foi esta memória ( este gesto) que me fizeram mover mundos e fundos para estar presente na despedida do Ivo, na passada sexta-feira, no aeroporto de Lisboa, na longa viagem (32 horas) para a Austrália no âmbito de um programa de mobilidade entre a Universidade de Coimbra e a Griffith University (Gold Coast). Também já me tinha despedido dele na quinta-feira, dia em que rumou para a casa do Vítor. Mas não podia deixar de lhe dar um último abraço na altura da descolagem do avião.