O Homem é por natureza o ser da transcendência: nunca se contenta com o dado e está sempre para lá de si e de toda a meta alcançada. Vive inclusivamente um desnível insuperável entre o que faz e realiza e a aspiração inesgotável a realizar-se sempre mais. Vai, portanto, caminhando de sentido em sentido, mas só encontraria satisfação total no Bem Sumo enquanto sentido de todos os sentidos, isto é, o sentido último e global. Aí está a razão por que não pode deixar de pôr a questão de Deus, independentemente da resposta que lhe dê, pois ela é intrínseca ao dinamismo do ser Homem.
Assim termina o artigo de Anselmo Borges no DN de hoje, que pode ler aqui.