sábado, maio 16, 2009

De Paredinhas para Córdova

O céu prometia chuva, quando, pelas 19h30, o andor saiu da capela de Paredinhas. Ainda cairam umas pinguinhas. À cautela, a imagem foi, por isso, revestida com um plástico. Mas, como por encanto, tudo passou, não tendo sido preciso abrir sequer os guarda-chuvas. Foi a despedida de Paredinhas com cântico e lançamento de muitas pétalas de flores.
A caminhada até Córdova foi feita de devoção, silêncio, oração do terço e cânticos. As muitas pessoas iam concentradas. Via-se que não estavam a cumprir fretes. Veio quem quis e por convicção.
Todo o caminho de Córdova até à capela estava devidamente atapetado de flores. A missa foi concelebrada pelo Padre João António Teixeira, que se fez acompanhar de dois seminaristas. Numa homilia clara e muito formativa, este sacerdote vincou bem que a devoção a Nossa Senhora não competia com a devoção e a adoração a Deus, mas era uma via natural e segura para chegar a Ele. Enalteceu as virtualidades da oração e do rosário, referindo que quem não reza estiola e fenece espiritualmente, recordando os bons hábitos (estimulantes) dos nossos pais e avós nesta matéria. "Mesmo quando a missa era em latim, e as pessoas nada entendiam, era frequente ver as mesmas de terço na mão, o que diz muito do valor da oração para os que nos antecederam", disse a dado passo. Ressaltou ainda o exemplo de Nossa Senhora como mestra, mas constituindo simultaneamente um exemplo de humildade. E concluiu: "quem se julga inteligente, mas não for humilde, não pode ser inteligente, porque não olha para dentro de si, sendo incapaz de avaliar as suas limitações".