
O calor apertava no início da caminhada, pelas 10.30. O entusiasmo e os ditos irreverentes dos mais novos foram o combustível para criar embalagem e acelerar. Subimos algumas centenas de metros, mas a água límpida esperava-nos em múltiplas fontes.
Tivemos oportunidade de atravessar paisagens deslumbrantes, encontrar uma junta de vacas a puxar um carro de feno, observar muitos canastros e uma aldeia abandonada (Monte de Covelas), observar três mulheres a lavar roupa, recapitulando gestos e poses de antigamente, assistir ao arranjo floral dos andores na capela da Granja, examinar obras de escultura, entre as quais, o cruzeiro de Santa Eufémia, do "artista" e bruxo António Madureira, contactar com os marcos da Universidade de Coimbra na Panchorrinha, dar conta do abandono de muitos moinhos, entre tantas coisas que se nos depararam. O Paulo Sequeira, docente de história, sempre oportuno e conhecedor destas matérias, foi um explicador exímio.


Chegámos às 13.15 à magnífica ponte da Panchorrinha, sobre o rio Cabrum. Um verdadeiro éden. Lugar calmíssimo, cheio de árvores frondosas, de água corrente e cristalina, onde comemos os farnéis e descansamos.
Às 14.3o, iniciámos a viagem de descida, por Ovadas de Cima, até ao lugar da partida, onde chegámos às 15.45. Todos em forma. Após 9km.
Até à próxima.