A imagem do pai e da mãe são decisivas também para a imagem de Deus. Normalmente, os crentes figuram Deus como Pai: Deus é Pai. Mas isso é apenas uma metáfora. João Paulo I - o que foi Papa só 33 dias - disse que Deus é Mãe, provocando a crítica até de cardeais. Mas realmente não há razão para a ira cardinalícia, pois, se se trata de metáforas, porque é que não hão-de os crentes referir-se a Deus como Pai e como Mãe? A Bíblia põe na boca de Deus estas palavras: "Acaso pode uma mulher esquecer-se do seu bebé, não ter carinho pelo fruto das suas entranhas? Ainda que ela se esquecesse dele, eu nunca te esqueceria. Juro pela minha vida."
Este é um excerto do artigo (título em epígrafe) de Anselmo Borges no DN de hoje, que pode ler aqui na íntegra.