Até há pouco tempo, as pessoas do campo viviam e acompanhavam simbioticamente os ciclos da natureza. Sentiam-se co-autoras do milagre da vida que surgia no nascimento e crescimento dos animais e das plantas. Nomeaavam-nos. Conheciam as suas fragilidades e resistências. Por eles, maravilhavam-se e davam graças.
Em pequeno, nunca entendi este enlevo dos mais velhos.
Pressinto-o agora. Pelo impulso sentido em torno desta pequena cerejeira. Pela pressa em lhe divisar as flores. E pela vontade em lhe adivinhar os frutos.