Antigamente as aulas começavam para todos no dia 7 de Outubro. Faz hoje precisamente 52 anos que dei entrada na escola. Não me lembro nada desse dia, o que significa, de acordo com os cânones psicológicos hodiernos, que não sofri qualquer trauma. Para mais, sendo professor Amadeu Loureiro, dos Carvalhos, um mestre considerado muito exigente e severo, que para imprimir mais força a cada reguada alçava uma perna, soltando um arrrrr! prolongado. Felizmente, durante toda a escolaridade, nunca fui objecto de qualquer punição.
Entretanto, o professor Amadeu Loureiro reformou-se a meio do ano, tendo sido substituído por um mestre regente, dos lados de S. Pedro do Sul. À segunda-feira, deixava a motorizada em Penude e vinha por aí abaixo, apresentando-se na escola de Córdova por volta das 11h. Em dias de chuva, antes do início das aulas, como prevenção contra as constipações, recolhia ao palheiro do lado para se esfregar com álcool.
O aquecimento da sala de aula processava-se através de energias alternativas e verdadeiramente ecológicas. Tal como aconteceu com a sagrada família, em Belém, o calor era proveniente dos bafos das vacas da loja, feita curral, e dos respectivos excrementos, cujos vapores subiam e se libertavam pelos muitos buracos e frinchas da sala.
O aquecimento da sala de aula processava-se através de energias alternativas e verdadeiramente ecológicas. Tal como aconteceu com a sagrada família, em Belém, o calor era proveniente dos bafos das vacas da loja, feita curral, e dos respectivos excrementos, cujos vapores subiam e se libertavam pelos muitos buracos e frinchas da sala.