Uma significativa comitiva do concelho de Resende (e especialmente de Paus) deslocou-se ontem a Vila Real para assistir à ordenação episcopal do nosso conterrâneo D. Manuel Linda. Para o efeito, transcreve-se a notícia reportada na edição de hoje pelo Jornal de Notícias.
“D. Manuel Linda é o novo bispo auxiliar de Braga. Foi ordenado, ontem, na cidade de Vila Real. Estava feliz, sem esconder algum nervoso miudinho, e prometeu estar atento às questões sociais da diocese que o vai acolher.
A igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Vila Real, encheu para saudar o novo bispo. Muito antes das 16 horas já o átrio do templo refulgia de vida. D. Manuel Linda entrou pelas traseiras, uns vinte minutos antes da hora marcada para a cerimónia. "É dia de muita felicidade mas não deixa de ter algum nervosismo também", confessava, enquanto sorria abertamente: "É que nunca passei por isto".
Antes e depois dele chegaram muitos elementos do clero: 26 bispos, dezenas e dezenas de sacerdotes, entre outros elementos. Enquanto isso o grupo coral ensaiava cânticos e os fiéis iam ocupando os seus lugares. A cerimónia começou pouco depois da hora marcada, com o coral a aumentar a emoção do ambiente.
Na homilia, o bispo da Diocese de Vila Real, D. Joaquim Gonçalves, falou do episcopado como um serviço à Igreja e das "dificuldades" que o novo bispo auxiliar de Braga vai encontrar, com destaque para "as resistências da cultura actual, de uma sociedade que parece não precisar de Deus". Isto exige do bispo "um grande espírito de fortaleza, perante esta apatia em relação as coisas religiosas".
D. Manuel Linda reconheceu que é a tarefa que lhe pedem "é diferente e difícil", porém seguirá a linha das funções que veio exercendo até agora: "servir a Igreja". A Arquidiocese de Braga pode esperar dele "boas intenções" e promete exercer o seu ministério com "simpatia e optimismo".
O novo bispo garantiu também que estará presente "junto das principais dificuldades da sociedade, nomeadamente dos pobres, desempregados, sem-abrigo, entre outros". Assumiu "conhecer minimamente a Diocese de Braga", até porque participou em diversos trabalhos preparatórios do novo ano pastoral, mas sabe que só a partir de agora se vai inteirar inteiramente da sua realidade. "O caminho faz-se caminhando", aduziu.
D. Joaquim Gonçalves mostrou-se feliz por D. Manuel Linda, mas triste pela sensação de "perda de um padre que ocupava um lugar de relevo, com influência na Pastoral e que agora vai para outra Diocese". Contudo, "na Igreja as coisas são assim, vivemos de transplantes", notou. A ordenação episcopal do novo bispo auxiliar de Braga é a segunda a que D. Joaquim Gonçalves preside, mas é o quarto bispo com origem na Diocese de Vila Real. Dela saíram já os bispos de Setúbal e Leiria, bem como o coadjutor de Vila Real. “
“D. Manuel Linda é o novo bispo auxiliar de Braga. Foi ordenado, ontem, na cidade de Vila Real. Estava feliz, sem esconder algum nervoso miudinho, e prometeu estar atento às questões sociais da diocese que o vai acolher.
A igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Vila Real, encheu para saudar o novo bispo. Muito antes das 16 horas já o átrio do templo refulgia de vida. D. Manuel Linda entrou pelas traseiras, uns vinte minutos antes da hora marcada para a cerimónia. "É dia de muita felicidade mas não deixa de ter algum nervosismo também", confessava, enquanto sorria abertamente: "É que nunca passei por isto".
Antes e depois dele chegaram muitos elementos do clero: 26 bispos, dezenas e dezenas de sacerdotes, entre outros elementos. Enquanto isso o grupo coral ensaiava cânticos e os fiéis iam ocupando os seus lugares. A cerimónia começou pouco depois da hora marcada, com o coral a aumentar a emoção do ambiente.
Na homilia, o bispo da Diocese de Vila Real, D. Joaquim Gonçalves, falou do episcopado como um serviço à Igreja e das "dificuldades" que o novo bispo auxiliar de Braga vai encontrar, com destaque para "as resistências da cultura actual, de uma sociedade que parece não precisar de Deus". Isto exige do bispo "um grande espírito de fortaleza, perante esta apatia em relação as coisas religiosas".
D. Manuel Linda reconheceu que é a tarefa que lhe pedem "é diferente e difícil", porém seguirá a linha das funções que veio exercendo até agora: "servir a Igreja". A Arquidiocese de Braga pode esperar dele "boas intenções" e promete exercer o seu ministério com "simpatia e optimismo".
O novo bispo garantiu também que estará presente "junto das principais dificuldades da sociedade, nomeadamente dos pobres, desempregados, sem-abrigo, entre outros". Assumiu "conhecer minimamente a Diocese de Braga", até porque participou em diversos trabalhos preparatórios do novo ano pastoral, mas sabe que só a partir de agora se vai inteirar inteiramente da sua realidade. "O caminho faz-se caminhando", aduziu.
D. Joaquim Gonçalves mostrou-se feliz por D. Manuel Linda, mas triste pela sensação de "perda de um padre que ocupava um lugar de relevo, com influência na Pastoral e que agora vai para outra Diocese". Contudo, "na Igreja as coisas são assim, vivemos de transplantes", notou. A ordenação episcopal do novo bispo auxiliar de Braga é a segunda a que D. Joaquim Gonçalves preside, mas é o quarto bispo com origem na Diocese de Vila Real. Dela saíram já os bispos de Setúbal e Leiria, bem como o coadjutor de Vila Real. “
