1- «No espírito dos organizadores ficou a tranquila certeza do equilíbrio, serenidade, calma, decisão e clareza dos que outrora foram a juventude irrequieta que animou as aulas, corredores e recreios, quer em lições devidamente estudadas, nos jogos ludicamente competidos ou nas diatribes meticulosamente efectuadas».
Assim se escrevia em 1984, após o 1º encontro da ASEL, em 29 de Abril desse ano:
-aí se definiu o 1º de Maio como data aceitável paro os nossos encontros anuais;
-aí se cimentou este arranque de vida e acção que desde essa data se chama ASEL;
-aí se nomeou a equipa redactora dos nossos estatutos.
- de que falamos com alegria,
- referimos com saudade,
- lembramos com gratidão –
Nada se faz, diz, escreve, filma, ou fotografa para ser visto no passado, mas sempre em ordem ao futuro.
Podemos falar do passado, mas não para ele.
Viverá pouco e cansará a memória quem na vida não sair:
- das suas alegrias passadas,
-das memórias do passado,
-dos triunfos do passado,
-da beleza do passado,
-ou dos caracóis da sua juventude já passada.
Tudo isso é bom para recordar, lembrar, e reviver, mas nunca para viver, porque já lá vai e não volta.
As maravilhas do futuro são tão belas como os êxitos e alegrias do
passado.
O passado (de bom senso, lucidez, intuição e experiência) pode até ser, e é certamente, o suporte e garante para um estável e maravilhoso futuro. Mas tem o seu tempo contado e já vivido.
Há frases, apoios, incentivos, estímulos ou toques do passado que marcam ou podem marcar a nossa vida para o futuro…mas são só marcas.
3- «Eu tenho saudades do futuro» é uma frase normal que em 1982 ouvi e que deixou marcas à minha volta, virando o presente para o futuro, deixando ao passado o lugar sereno que lhe pertence e dando ao futuro o projecto do seu próprio projecto de futuro.
Saudades do futuro, neste caso:
-é um seminário sempre melhor e mais actualizado, que assim será quando já não formos alunos;
-é uma evangelização viva, actuante, aceite e que chegará quando começarmos a deixar de ser parte dela;
-é o exercício pastoral em igrejas aquecidas ou refrescadas, cheias de luz, em ambiente cheio de vida e alegria e que veremos quando os nossos passos começarem a falhar;
-é um mundo maior e melhor e que chegará sempre quando estivermos a partir;
-é uma ASEL mais viva, e participada na diocese e no país e que o vai ser quando formos deixando de ser parte.
-é uma igreja ainda mais aberta, acolhedora e descentralizada e que vai acontecer, quando nós já não acontecermos;
-é uma Roma mais vizinha, irmã e mais aberta onde haja mais espaço para todos, até para o Espírito Santo que a inspira, ilumina e governa, e que vai acontecer quando o nosso sol estiver já quase no nosso ocaso.
…E todo este futuro maravilhoso vai acontecer, porque o futuro acontece sempre.
Não parece mas é uma maneira nova e encantadora de ver e viver a realidade, de encantar o presente, alegrar o futuro sem renegar o passado.
4- «29 de Abril de 1984,ano zero e dia 1 da ASEL renovada». Assim se escreveu também em 2004 ao festejar os nossos 20 ano.
Antigos alunos do Seminário, sempre existiram, pelo menos desde que o seminário existe, desde 1800, e sempre foram certamente unidos, coesos, e dinamizadores de encontros, sessões e reuniões, mas com esta dinâmica e constância, foi certamente a edição de 1984 que melhor encarnou e encarou o espírito solidário e criador dos ex. alunos.
E por isso, num encontro verdadeiramente inédito em tempo e realizações, a ASEL está hoje empolgada e viva:
-a comemorar os seus 25 anos,
-a associar-se ao 80º aniversário do seminário,
-a viver os 150 do aparecimento de N.S.de Lurdes,..e a lançar numa Antologia de textos uma obra inédita e exemplar, guardando, em volume aprazível o pensamento dos alunos que no passado escreveram para serem apreciados no futuro.
A Estrela Polar, a nossa, dos que nos antecederam ou depois seguiram foi no passado um trabalho intelectual sério, feito naquele tempo presente que depois se tornou passado e deixou inexoravelmente lançado no futuro a forma de pensar daquela juventude que jamais será esquecida e que nós hoje e agora perpetuamos em documento imorredoiro.
- são todos os êxitos do seu clero neste mundo em agitação e dos seus leigos nas mais diversas actividades da vida social e comunitária;
- são também toda a vida de sacrifício dos que nos bancos do seminário outrora passaram e depois a vida os provou com falta de saúde ou incompreensão da sociedade;
-são toda a oferta ou serviços espontaneamente prestados ou canalizados ao seminário por todos os portadores uma alma grande e sensível;
-são toda a vontade e esforço individual que alguns desenvolvem para que 0,5% do seu imposto liquidado seja consignado ao seminário ou que excedentes valiosos de algumas grandes superfícies para aí se canalizem ou que muitas coisas entrem como apoio temporário e fiquem depois como oferta valiosa;
-todas as peripécias que rodearam a nossa vida, de boa ou má memória e constituem o património da existência de cada um nas nossas viagens, passeios e vida em geral;
-a nossa Estrela que na tarde de hoje vai dar vida e luz em 2º acto;
-a coragem de abraçar o sacerdócio, a análise e reanálise de uma saída do seminário ou o sofrimento de um despedimento menos preparado, no tempo em que a sociedade quase entendia que Deus só escolhia os bons e os santos e os demais eram massa secundária de qualidade e virtude, (procedimento esse que deixou marcas dolorosas em muitos do nossos irmãos aselistas do passado e que só na década de 1960 e claramente na de 70 libertou o ex aluno do rótulo e marca de qualidade menor);
-toda a consciência de que Deus escolhe uns para O servirem no altar e outros para serem fermento espalhado na sociedade à volta do mesmo altar com rumo ao louvor do mesmo Deus, numa visão actual de que todos somos chamados e todos escolhidos, embora para fins diferentes e em diferentes meios e locais;
-são em resumo, todas as memórias que a memória nos recorda e mantém em memória na nossa memória.
6- E vós jovens alunos deste seminário, residentes nesta maravilhosa Quinta do Sais -«pitoresco lugar de Resende, local admirável para quem estuda e medita», vós:
- que sois o maravilhoso futuro deste presente acelerado,
- que sois o presente próximo do futuro que se avizinha,
- que integrais a ASEL pelo facto seres parte do elenco estudantil do seminário,
-aí se definiu o 1º de Maio como data aceitável paro os nossos encontros anuais;
-aí se cimentou este arranque de vida e acção que desde essa data se chama ASEL;
-aí se nomeou a equipa redactora dos nossos estatutos.
2- ASEL - Associação dos antigos alunos do seminário de Lamego, agora com 25 anos, amadurecida, fundamentada, legalizada, enraizada, é e será sempre um futuro de valor e nunca um passado de saudade.
O passado da ASEL será um património e alicerce da estrutura:- de que falamos com alegria,
- referimos com saudade,
- lembramos com gratidão –
-e revivemos com entusiasmo,… mas não será nunca a sua essência ou a causa da sua existência.
O futuro é sempre a nossa bandeira, a nossa causa, a nossa realidade.Nada se faz, diz, escreve, filma, ou fotografa para ser visto no passado, mas sempre em ordem ao futuro.
Podemos falar do passado, mas não para ele.
Viverá pouco e cansará a memória quem na vida não sair:
- das suas alegrias passadas,
-das memórias do passado,
-dos triunfos do passado,
-da beleza do passado,
-ou dos caracóis da sua juventude já passada.
Tudo isso é bom para recordar, lembrar, e reviver, mas nunca para viver, porque já lá vai e não volta.
As maravilhas do futuro são tão belas como os êxitos e alegrias do
passado.
O passado (de bom senso, lucidez, intuição e experiência) pode até ser, e é certamente, o suporte e garante para um estável e maravilhoso futuro. Mas tem o seu tempo contado e já vivido.
Há frases, apoios, incentivos, estímulos ou toques do passado que marcam ou podem marcar a nossa vida para o futuro…mas são só marcas.
3- «Eu tenho saudades do futuro» é uma frase normal que em 1982 ouvi e que deixou marcas à minha volta, virando o presente para o futuro, deixando ao passado o lugar sereno que lhe pertence e dando ao futuro o projecto do seu próprio projecto de futuro.
Saudades do futuro, neste caso:
-é um seminário sempre melhor e mais actualizado, que assim será quando já não formos alunos;
-é uma evangelização viva, actuante, aceite e que chegará quando começarmos a deixar de ser parte dela;
-é o exercício pastoral em igrejas aquecidas ou refrescadas, cheias de luz, em ambiente cheio de vida e alegria e que veremos quando os nossos passos começarem a falhar;
-é um mundo maior e melhor e que chegará sempre quando estivermos a partir;
-é uma ASEL mais viva, e participada na diocese e no país e que o vai ser quando formos deixando de ser parte.
-é uma igreja ainda mais aberta, acolhedora e descentralizada e que vai acontecer, quando nós já não acontecermos;
-é uma Roma mais vizinha, irmã e mais aberta onde haja mais espaço para todos, até para o Espírito Santo que a inspira, ilumina e governa, e que vai acontecer quando o nosso sol estiver já quase no nosso ocaso.
…E todo este futuro maravilhoso vai acontecer, porque o futuro acontece sempre.
Não parece mas é uma maneira nova e encantadora de ver e viver a realidade, de encantar o presente, alegrar o futuro sem renegar o passado.
…Porque Deus pôs-nos os olhos na testa para olharmos em frente rumo ao futuro e não para nos deleitarmos nas extensas campinas já amarelecidas do passado.
E tudo isto a propósito de que a ASEL é futuro…E é futuro certo e estável porque também já foi passado sereno e consciente.4- «29 de Abril de 1984,ano zero e dia 1 da ASEL renovada». Assim se escreveu também em 2004 ao festejar os nossos 20 ano.
Antigos alunos do Seminário, sempre existiram, pelo menos desde que o seminário existe, desde 1800, e sempre foram certamente unidos, coesos, e dinamizadores de encontros, sessões e reuniões, mas com esta dinâmica e constância, foi certamente a edição de 1984 que melhor encarnou e encarou o espírito solidário e criador dos ex. alunos.
E por isso, num encontro verdadeiramente inédito em tempo e realizações, a ASEL está hoje empolgada e viva:
-a comemorar os seus 25 anos,
-a associar-se ao 80º aniversário do seminário,
-a viver os 150 do aparecimento de N.S.de Lurdes,..e a lançar numa Antologia de textos uma obra inédita e exemplar, guardando, em volume aprazível o pensamento dos alunos que no passado escreveram para serem apreciados no futuro.
A Estrela Polar, a nossa, dos que nos antecederam ou depois seguiram foi no passado um trabalho intelectual sério, feito naquele tempo presente que depois se tornou passado e deixou inexoravelmente lançado no futuro a forma de pensar daquela juventude que jamais será esquecida e que nós hoje e agora perpetuamos em documento imorredoiro.
5- ASEL: é o seminário em movimento pela diocese e pelo mundo espalhado, são os sacerdotes, vivos representantes da igreja activa na sua missão salvífica dos irmãos, são ainda e também todos os chamados ao seminário e que depois por nova orientação do mesmo chamamento foram encaminhados para as diferentes actividades da vida humana e que também é parte da seara divina.
Factos, feitos, casos e memória ASEL:- são todos os êxitos do seu clero neste mundo em agitação e dos seus leigos nas mais diversas actividades da vida social e comunitária;
- são também toda a vida de sacrifício dos que nos bancos do seminário outrora passaram e depois a vida os provou com falta de saúde ou incompreensão da sociedade;
- ou a manteiga sub-repticiamente colocada no pão de quem dela não gostava e hoje diz que se a tivesse comido teria os ossos em melhor estado;
-ou a chamada telefónica do Dr. Abel Monteiro impossibilitado de estar hoje connosco por motivos de saúde, ao relatar que «em pequenito, nos aos 4 ou 5 anos, estive presente em 1928, às cavalitas do snr. Rufino a assistir à festa da inauguração do seminário e 7 anos mais tarde em 1935, lá entrei com mais 22 outros dos quais só resto eu e o snr. cónego Simão»;-são toda a oferta ou serviços espontaneamente prestados ou canalizados ao seminário por todos os portadores uma alma grande e sensível;
-são toda a vontade e esforço individual que alguns desenvolvem para que 0,5% do seu imposto liquidado seja consignado ao seminário ou que excedentes valiosos de algumas grandes superfícies para aí se canalizem ou que muitas coisas entrem como apoio temporário e fiquem depois como oferta valiosa;
-todas as peripécias que rodearam a nossa vida, de boa ou má memória e constituem o património da existência de cada um nas nossas viagens, passeios e vida em geral;
-a nossa Estrela que na tarde de hoje vai dar vida e luz em 2º acto;
-a coragem de abraçar o sacerdócio, a análise e reanálise de uma saída do seminário ou o sofrimento de um despedimento menos preparado, no tempo em que a sociedade quase entendia que Deus só escolhia os bons e os santos e os demais eram massa secundária de qualidade e virtude, (procedimento esse que deixou marcas dolorosas em muitos do nossos irmãos aselistas do passado e que só na década de 1960 e claramente na de 70 libertou o ex aluno do rótulo e marca de qualidade menor);
-toda a consciência de que Deus escolhe uns para O servirem no altar e outros para serem fermento espalhado na sociedade à volta do mesmo altar com rumo ao louvor do mesmo Deus, numa visão actual de que todos somos chamados e todos escolhidos, embora para fins diferentes e em diferentes meios e locais;
-são em resumo, todas as memórias que a memória nos recorda e mantém em memória na nossa memória.
6- E vós jovens alunos deste seminário, residentes nesta maravilhosa Quinta do Sais -«pitoresco lugar de Resende, local admirável para quem estuda e medita», vós:
- que sois o maravilhoso futuro deste presente acelerado,
- que sois o presente próximo do futuro que se avizinha,
- que integrais a ASEL pelo facto seres parte do elenco estudantil do seminário,
-que sois e sereis sempre (sacerdotes ou não) o seminário em movimento ao ritmo da sociedade e do mundo,
-que sereis as colunas humanas sobre cujos ombros, (inteligência, gestão e bom senso)
assentará o futuro da igreja e do mundo a que pertenceres,
-vós:
fixai o horizonte da vida, do espaço, da igreja e do mundo e lembrai-vos sempre que, em cada manhã:
-a vida começa,
-a natureza floresce,
-a mensagem chega,
-a mensagem passa,
…e alguém vos espera.
Adão Sequeira
assentará o futuro da igreja e do mundo a que pertenceres,
-vós:
fixai o horizonte da vida, do espaço, da igreja e do mundo e lembrai-vos sempre que, em cada manhã:
-a vida começa,
-a natureza floresce,
-a mensagem chega,
-a mensagem passa,
…e alguém vos espera.
Adão Sequeira
*comunicação feita no seminário de Resende, no âmbito da
150 anos de N.S.de Lurdes,
80º aniversário do seminário
25 anos da ASEL e lançamento da «Antologia- Estrela Polar»
em 3 de Maio de 2008