Porto, 17 dez (Lusa) -- O presidente da Câmara de Gaia vai propor ao
executivo a nomeação de uma administração liquidatária para tratar da
extinção da empresa municipal Gaianima, a liderar pelo ex-presidente da
Câmara de Resende, António Borges, revelou hoje a autarquia.
A equipa que vai ser apresentada numa reunião camarária
extraordinária, agendada para quinta-feira, é composta por "três
responsáveis não executivos" e "sem remuneração", que "durante um ano"
terão a seu cargo "a transição dos equipamentos e do pessoal da empresa
municipal para a autarquia", esclarece a Câmara numa nota de imprensa.
"O presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, vai nomear
uma nova equipa de administradores liquidatários para a Gaianima --
Equipamentos Municipais, EM, que será responsável pelo processo de
transição da estrutura para a alçada da autarquia, na sequência da
decisão de extinguir a empresa municipal", adianta o comunicado.
António Borges, o socialista que deixou em setembro a Câmara de
Resende, foi designado para liderar a "administração liquidatária" da
Gaianima, composta ainda pelos vogais Angelino Ferreira (que já
integrava a administração da empresa municipal) e Vítor Canastro,
ex-presidente da junta de freguesia de Canelas.
No comunicado, a Câmara de Gaia identifica ainda Vítor Canastro como
"fiscalista e inspetor das finanças" e Angelino Ferreira, administrador
financeiro da SAD do FC Porto, como "economista e homem ligado ao
desporto".
"Todos eles serão elementos não-executivos da nova administração e
exercerão os respetivos cargos sem qualquer remuneração ou benefício",
destaca a autarquia liderada pelo socialista Eduardo Vitor Rodrigues,
desde as últimas eleições.
Citando o presidente da Câmara de Gaia, a nota de imprensa refere que
estes três elementos vão assumir "uma função de comissão liquidatária
de uma empresa que foi condenada à insolvência por não cumprir os rácios
financeiros exigidos pela nova lei do setor empresarial local".
"Terá como principais funções promover a transição dos equipamentos e
do pessoal da Gaianima para o município", explica o autarca no
comunicado enviado à Lusa.
"A nova administração da empresa municipal exercerá as funções para
as quais é nomeada ao longo de um período máximo de um ano, o tempo
proposto pelo executivo para a liquidação da Gaianima", acrescenta a
Câmara de Gaia.
A autarquia acrescenta que a decisão do autarca "será ratificada na
próxima reunião extraordinária do executivo, agendada para
quinta-feira".
ACG // JGJ