"É um paradoxo. As pessoas que trabalham, ali pela quinta-feira, já começam, aliviadas, a desejar umas às outras bom fim-de-semana. Cá está a constatação do trabalho como maçada e sofrimento. Mas, por outro lado, de vez em quando, lá volta o debate sobre a diminuição do número dos feriados e a necessidade de encostá-los à segunda ou à sexta-feira. Porque é preciso trabalhar e produzir mais. Por causa da concorrência e da crise.
É sobre isso que queria reflectir hoje, começando por esclarecer que até posso ser favorável à diminuição do número de feriados, mas não concordo com que passem automaticamente para a segunda ou para a sexta-feira. A razão dessa oposição não está propriamente na defesa dos dias santos da Igreja Católica, mas essencialmente na antropologia e na simbólica dos feriados".
Assim começa o artigo de Anselmo Borges, publicado no DN de hoje, que pode ler aqui.
