Com apenas 12 anos, no fim do 6.º ano, começou a trabalhar numa serralharia. O fascínio pelas máquinas sempre o fascinou. E desde muito cedo teve um sonho: ser construtor de máquinas. Por isso, inscreveu-se em cursos de formação teórico-prática na área de hidráulica mecânica e pneumática para conhecer melhor o seu funcionamento. Com 18 anos, transferiu-se para a fábrica de mármores “Mármores do Condado”, onde trabalhou na área de mecânica durante 10 anos. Entretanto, aliciado por um melhor vencimento, mudou-se para uma outra fábrica, onde permaneceu 8 anos. Saiu para responder ao desafio de ajudar a construir um campo de aviação militar israelita no deserto de Neguebi, tendo integrado uma equipa de operários especializados encarregados de assentar as condutas de combustível para abastecer os aviões. Aqui trabalhou durante 6 meses, tendo chegado a chefe de equipa. Durante esta permanência, visitou por três vezes os lugares santos. Da primeira vez, refere ter experimentado uma sensação extraordinária, pois tudo o que via lhe parecia familiar e o que lhe estava a acontecer era uma revisitação.
Chegado a Portugal, com o dinheiro amealhado, estabeleceu-se com o objectivo de realizar o sonho de criança. Tinha então 33 anos. Começou com uma empresa de reparações de máquinas, evoluindo depois para a construção das mesmas. Actualmente fabrica oito máquinas para o corte e polimento de mármores e granitos. Três delas foram totalmente concebidas por Nelson Vieira, tendo funcionalidades muito específicas. Como é um criativo prático, imagina a máquina e executa a construção da mesma, fazendo o desenho e o protótipo respectivo depois da obra feita e de ter a certeza que funciona.
A empresa tem actualmente 12 empregados. Fabrica à volta de
Este nosso conterrâneo, que em criança veio para Sintra, só voltou a Resende aos 29 anos para revisitar, com a mãe, a terra onde nasceu e a família. Adorou. A partir daí, não perde uma estada anual no nosso concelho.