Fez, no passado dia 18 de Julho, 50 anos que foram aprovados, através do Decreto-Lei n.º 40.690, os estatutos da Fundação Calouste Gulbenkian como instituição perpétua e com fins "caritativos, artísticos, educativos e científicos".
Graças a ela e à sua biblioteca fixa, instalada no jardim da vila, tive oportunidade de, na década de 70, passar as férias acompanhado de livros.
Muitas vezes, a deslocação até Resende era feita a pé, pelo caminho de Cantim, Paredes, Arcos e Vinhós. No entanto, esta aventura era recompensada pelo atendimento sempre simpático da Palmira, uma jovem proveniente da Casa de S. José (Quinta do Bairro).
Confesso que estas idas à vila serviam também para apascentar os olhos pelo pequeno redil feminino estudantil que para ali transumava nas chamadas férias grandes, constituindo simultaneamente um desafio para ultrapassar a minha timidez.