

Foi uma jornada de grande emoção, pois já há muitos anos que esta capela, edificada no cimo de Fazamões e pertença também da minha família, não era aberta ao público nem objecto de acto litúrgico, embora, no passado, aí se celebrassem diversas missas durante o ano e houvesse até uma grande festa anual.
A manutenção e arranjo da capela têm estado a cargo do Sr. Albino Ribeiro.
O P. Tomás Borges recordou a lenda da construção desta capela. Segundo se conta, um almocreve foi fustigado naquele local com uma grande tempestade a ponto de o burro carregado de víveres não se conseguir levantar. O pobre do almocreve, muito aflito, prometeu aí edificar uma capela em honra do Senhor dos Desamparados, se o tempo amainasse e tudo fosse levado a bom porto, o que aconteceu. A promessa foi cumprida, embora a propriedade da capela ficasse pertença do dono do respectivo terreno onde a mesma foi edificada.
A encimar a porta, pode ler-se o seguinte: "Esta capela do Senhor dos Dezamparados, Ano 1745, amandou fazer Manoel Roiz Canhamide-Fazamois".