Queremos, com este festival, preservar e fomentar um hábito que se tem perdido ao longo dos anos: contar histórias. Todos nos lembramos, uns mais do que outros, das histórias contadas à lareira nos dias chuvosos e frios de inverno. Outros lembram-se, certamente, de terem adormecido ao som dessas histórias.
O festival tem como ambição recriar todo este processo de sabedoria popular e de ambiente fraternal. O ato de contar uma história não se esgota apenas na transmissão do ensinamento, da moral. Mais importante, ainda, é o ritual da partilha de quem conta e de quem se senta na disposição de ouvir, de toda esta reunião familiar, onde se fortalecem os laços de afeto e respeito mútuos.
Com esta extensão do festival aos monumentos que fazem parte da Rota do Românico, pretendemos auscultar a população e a sabedoria popular das gentes que rodeiam os monumentos, tornando-os espaços vivos, capazes de atrair um novo olhar por parte da população circundante, promovendo assim novas dinâmicas culturais no património arquitetónico e impulsionando a valorização do património oral da região.
Reavivar esta memória coletiva, preservar o património oral, dinamizando e valorizando, simultaneamente, o património arquitetónico da Rota do Românico, despertar e cultivar este hábito de contar histórias são os principais objetivos deste festival.