Bodas de oiro da ordenação sacerdotal
O
Padre José Tomás Borges foi ordenado sacerdote a 28 de Julho de 1963, em Cucujães/S.
João da Madeira. Em 4 de Agosto desse ano, celebrou a “Missa Nova” na igreja de
Paus, em que participaram praticamente
todas as pessoas da freguesia, sendo recordado como um dia de festa memorável. Passados
50 anos, exactamente em 4 de Agosto, esse
dia foi comemorado com a celebração de uma
missa, na mesma igreja de Paus, com
início às 10h30, cantada e animada pelo
coro local. Na cerimónia foi patente o mesmo entusiasmo de outrora e o
redobrado carinho dos seus conterrâneos,
tendo o Padre Tomás Borges partilhado a sua emoção por esta data e pelo percurso vivido desde 1963. A missa
foi concelebrada por sete sacerdotes, entre os quais o Superior Geral da
Sociedade Missionária da Boa Nova, instituição a que pertence o homenageado. No
final, o pároco de Paus ofereceu, em nome da comunidade paroquial, uma salva de
prata ao Padre Tomás Borges.
Durante a tarde, decorreu um almoço/convívio
na residência da irmã, Maria dos Anjos, nas Quintãs, em que esteve presente a
família alargada do homenageado, num total de 77 pessoas.
Na
véspera, teve lugar uma festa mais intimista, tendo o Padre Tomás Borges celebrado
missa na capela do Senhor dos Desamparados, pertencente à família, em que
participaram os irmãos, cunhados e sobrinhos, a que se seguiu um almoço num dos
restaurantes da Gralheira.
Num
gesto que muito o sensibilizou, no final da missa que celebrou na capela das
Quintãs, na segunda-feira, dia 5, os vizinhos mais próximos fizeram questão de
lhe manifestar o seu muito apreço,
oferecendo-lhe uma estola e umas galhetas.
Percurso como padre e missionário
O P. José Tomás Borges nasceu a 04-07-1938, em Paus. Em 30-9-1949, entrou no Seminário das
Missões de Tomar (da então Sociedade Missionária Portuguesa das Missões
Católicas Ultramarinas, hoje Sociedade Missionária da Boa Nova), sito no
Convento de Cristo. Após ter passado pelos Seminários de Cernache do Bonjardim/Sertã
e Cucujães, foi ordenado sacerdote neste último Seminário em 28-07-1963.
Neste mesmo ano, foi nomeado prefeito e
professor do Seminário de Cernache do Bonjardim, onde permaneceu um ano lectivo
(1963-64). No ano lectivo seguinte, em 1964-65, foi prefeito e professor dos alunos
de filosofia (no Seminário de Cucujães), correspondente ao actual ensino
secundário. Em 1965, ascendeu a Vice-Reitor do Seminário Maior de Cucujães e a prefeito dos alunos de teologia, tendo exercido estas funções
durante dois anos lectivos. Em 1967, foi nomeado como missionário para a então
região de Lourenço Marques, hoje Maputo, onde permaneceu até 1984. Durante este
período, foi padre coadjutor da Paróquia da Catedral, acumulando com as funções
de professor e assistente eclesiástico de vários movimentos, foi padre da
paróquia do Fomento, que fundou em 1968 (mais concretamente em 24 de Junho), capelão
militar (1969-71), padre na Paróquia do
Fomento, pela segunda vez (1972-81), e
finalmente padre em Moamba, Sabié e Ressano Garcia (no Sul, junto à fronteira
com a África do Sul).
Em 1984, regressou a Portugal, tendo sido
prefeito dos alunos de teologia durante o
ano lectivo de 1984-1985, no Seminário de Valadares. Por sua vez, para o
período entre 1986-1990, foi eleito Vigário Geral da Sociedade Missionária,
tendo acumulado entre 1986-1988 com as funções de Reitor do Seminário Maior de
Valadares e, a partir de 1988, com as funções de Director do Ano de Formação,
em Tomar e Cucujães, prolongando-se estas até 1995.
Nesse ano, entrou de "sabática",
tendo frequentado em Roma um curso de actualização teológica. Em 1997 foi
nomeado promotor vocacional, em cujas funções permaneceu até 2002. Desde esse
ano até ao fim do presente ano lectivo, tem sido o Director Espiritual do
Seminário Maior de Valadares, que acolhe os estudantes de teologia que
frequentam a Universidade Católica, no Porto.
frequentam a Universidade Católica, no Porto.
O Padre Tomás Borges foi sempre uma pessoa muito estimada nos
locais onde exerceu funções. Em Paus,
onde passa as férias e se desloca com frequência, é muito acarinhado. É
admirado pela sua dedicação total à
Igreja e às Missões, pela sua disponibilidade e pelo seu desprendimento dos
bens materiais. Embora os missionários da Boa Nova não façam votos de pobreza,
nunca teve nada de seu, vivendo de acordo com o espírito de S. Francisco.
*Transcrição da notícia publicada no Jornal de Resende, edição de Agosto de 2013