quinta-feira, janeiro 11, 2007

Bandas de música de S. Cipriano-2.ª parte

Música no feminino
Desde há cerca de 30 anos que “A Velha” integra elementos femininos. Pelo seu pioneirismo na região, chegou a causar algum espanto nas festas e romarias onde actuava. A chegada do género feminino à “Nova” aconteceu uns anos mais tarde. Actualmente, “A Velha” tem dez raparigas e “A Nova” nove. Senhoras casadas não se encontram. Se o namoro leva à desistência de algumas raparigas, o estado de casada parece incompatível com a continuação nas bandas, à excepção de uma senhora que, por enquanto, continua n' "A Velha".

Protocolo para evitar “fugas” entre bandas
Quezílias entre colegas e incompatibilidades com os maestros foram responsáveis, no historial das bandas, por mudanças de “camisola”. Esta questão foi sempre um factor de perturbação no relacionamento entre as duas colectividades. Para tentar ultrapassar este problema, graças aos bons ofícios do Sr. P. Abel Costa, pároco da freguesia, foi assinado, em 2003, um protocolo que dificulta o ingresso numa banda em caso de desistência da oura. Desde aquela data, isto só poderá acontecer quando decorridos dois anos consecutivos após a saída.

Instalações e sede
Após o 25 de Abril de 1974, a comissão administrativa da Casa do Povo, cujas instalações são originárias da Sociedade de Beneficência de S. Cipriano, propôs a ambas as bandas a cedência de um espaço para os ensaios, tendo “A Velha” aceitado. Pelo contrário, “A Nova” apenas lá teria efectuado dois ou três ensaios, vindo a desistir por motivos desconhecidos. De acordo com outra versão, esta banda nem sequer teria sido convidado para o efeito.
“A Velha”, que anteriormente ensaiava num palheiro, está adstrita desde 1977 à Casa do Povo, enquadrada formal e juridicamente pela Associação da Banda de Música da Casa do Povo de S. Cipriano “A VelhA”. Refira-se que o espaço cedido, tal como todo o restante edifício, estão a necessitar de obras de fundo.
“A Nova”, presentemente a ensaiar no pavilhão da antiga tele-escola, aguarda para daqui a um ano a conclusão de um edifício, financiado em 70% pela Administração Central e em 30% pela Câmara Municipal, cujo orçamento ronda os 150 mil euros. É um sonho antigo, cuja concretização deve muito ao empenhamento do actual elenco camarário.