Realizou-se, no passado sábado, na Capela do Senhor dos Desamparados, mais uma reunião alargada de família. Este ano tivemos a companhia da Alcina e da Lurdes. O Delfim (que mais uma vez pôs a guitarra a falar e nos deliciou com as suas histórias de “despistanço”) e a Luísa foram os grandes animadores musicais. Um grupo de valorosos jovens (Ricardo, Francisco, Bruno e Filipa) marcaram presença. Como na última Ceia, fomos 13. A Mariazinha enviou uma calorosa mensagem.
A missa celebrada pelo P. Tomás teve de começar mais tarde, cerca das 12h45, visto que o carro, onde seguiam a Alcina, Lurdes, Luísa e Delfim, teve um pequeno acidente em Lamego (um pequeno embate de que resultou a baixa de um farolim e amolgadelas). Seguiu-se o piquenique e a tarde de convívio debaixo das ramagens frescas, junto à capela.
Ficou assente que a data da reunião anual seria no sábado mais próximo do dia 15 de Agosto. Por isso, a próxima reunião será no dia 14 de Agosto de 2010.
Refira-se que o facto de a família se juntar na Capela do Senhor dos Desamparados, com uma celebração da missa, pretende homenagear os nossos antepassados que cederam o terreno para a construção desta pequeno templo religioso, em cumprimento de uma promessa, e fortalecer laços de identidade e de amizade.
É sabido que o terreno onde foi construída a capela e campos adjacentes pertenciam a um antepassado da minha (da nossa) bisavó Mariana Delfina, que faleceu nas Lages de Paus, no dia 21 de Janeiro de 1930, com 83 anos, como consta do Assento n.º 3 assinado pelo pároco de então Joaquim da Silva Paiva. De acordo com uma tradição, um almocreve, assolado por um fortíssima tempestade, só e desamparado, foi impelido a fazer uma promessa caso a chuva e a trovoada amainassem: construir às suas custas uma capela nesse local ermo, se o dono do terreno o permitisse, ficando este seu proprietário quando terminada. E assim se fez. A construção foi feita em 1745, tendo sido mandada fazer por Manuel Roiz Ganhão.
Já agora, convém lembrar que Mariana Delfina casou com Luís Filhota, um alto funcionário da Câmara Municipal de Resende, que infelizmente “estoirou” a fortuna da mulher mercê da sua entrega aos prazeres do sexo e do jogo. Mariana Delfina, uma verdadeira senhora, viu-se inesperadamente na situação de ter de trabalhar para sustentar as cinco filhas, uma das quais Maria da Conceição, minha avó paterna, que haveria de conhecer e casar com António Borges, funcionário dos serviços das águas da Câmara Municipal de Lamego. Já após o casamento e com filhos, o meu avô António Borges exigiu o aumento de vencimento, o que não lhe foi concedido, tendo-se despedido dos serviços onde trabalhava. Por este motivo, transferiu-se para a terra da mulher, Paus, onde viria a ser um grande artista/pintor da construção civil. Deste casamento nasceram 4 filhos: Antoninha, Delfim, Alfredo e Benedita.
A família desta nobre linhagem, que transporta um segredo identitário muito singular, tem na Capela do Senhor dos Desamparados uma referência que quer continuar a preservar.
A missa celebrada pelo P. Tomás teve de começar mais tarde, cerca das 12h45, visto que o carro, onde seguiam a Alcina, Lurdes, Luísa e Delfim, teve um pequeno acidente em Lamego (um pequeno embate de que resultou a baixa de um farolim e amolgadelas). Seguiu-se o piquenique e a tarde de convívio debaixo das ramagens frescas, junto à capela.
Ficou assente que a data da reunião anual seria no sábado mais próximo do dia 15 de Agosto. Por isso, a próxima reunião será no dia 14 de Agosto de 2010.
Refira-se que o facto de a família se juntar na Capela do Senhor dos Desamparados, com uma celebração da missa, pretende homenagear os nossos antepassados que cederam o terreno para a construção desta pequeno templo religioso, em cumprimento de uma promessa, e fortalecer laços de identidade e de amizade.
É sabido que o terreno onde foi construída a capela e campos adjacentes pertenciam a um antepassado da minha (da nossa) bisavó Mariana Delfina, que faleceu nas Lages de Paus, no dia 21 de Janeiro de 1930, com 83 anos, como consta do Assento n.º 3 assinado pelo pároco de então Joaquim da Silva Paiva. De acordo com uma tradição, um almocreve, assolado por um fortíssima tempestade, só e desamparado, foi impelido a fazer uma promessa caso a chuva e a trovoada amainassem: construir às suas custas uma capela nesse local ermo, se o dono do terreno o permitisse, ficando este seu proprietário quando terminada. E assim se fez. A construção foi feita em 1745, tendo sido mandada fazer por Manuel Roiz Ganhão.
Já agora, convém lembrar que Mariana Delfina casou com Luís Filhota, um alto funcionário da Câmara Municipal de Resende, que infelizmente “estoirou” a fortuna da mulher mercê da sua entrega aos prazeres do sexo e do jogo. Mariana Delfina, uma verdadeira senhora, viu-se inesperadamente na situação de ter de trabalhar para sustentar as cinco filhas, uma das quais Maria da Conceição, minha avó paterna, que haveria de conhecer e casar com António Borges, funcionário dos serviços das águas da Câmara Municipal de Lamego. Já após o casamento e com filhos, o meu avô António Borges exigiu o aumento de vencimento, o que não lhe foi concedido, tendo-se despedido dos serviços onde trabalhava. Por este motivo, transferiu-se para a terra da mulher, Paus, onde viria a ser um grande artista/pintor da construção civil. Deste casamento nasceram 4 filhos: Antoninha, Delfim, Alfredo e Benedita.
A família desta nobre linhagem, que transporta um segredo identitário muito singular, tem na Capela do Senhor dos Desamparados uma referência que quer continuar a preservar.