Na primeira parte, cada membro do painel falou e reflectiu sobre dois ou três livros de sua livre escolha. A segunda parte foi centrada em Anselmo Borges que, a partir da dupla qualidade de padre e professor de filosofia e a propósito da saída do seu recente livro Janela do (In)finito, aguçou a curiosidade e fez despoletar questões muito pertinentes em torno da fé e da ciência e do foro mais vasto da Igreja (e do Mundo). Esta sessão tornou patente a existência de uma vasta área de questões em que a requisição da perspectiva da Igreja é essencial e urgente, mas em que a respectiva falta de comparência é n
otória, eventualmente por medo e falta de preparação. Anselmo Borges foi apresentado como um padre e intelectual (dos poucos) que debate corajosa e descomplexadamente com o mundo académico e da cultura, enriquecendo-o, como hoje aconteceu.
As questões colocadas já se encontram reflectidas no recente livro do autor Janela do (In)finito, da Campo das Letras, já à venda. Como referiu o Prof. Osvaldo Silvestre, os seus textos podem agora ser resgatados das leituras semanais no DN (desde Janeiro de 2006) para serem lidos ou relidos com outro distanciamento e enquadramento. São 109 crónicas subdivididas em 4 capítulos (1. Do Transcender ao Transcendente; 2. Religião e Religiões; 3. Religião e Sociedade; e 4. Morte e Esperança), antecedidas de um notável prefácio de Guilherme d'Oliveira Martina.